sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


Acabei de ler dois livros muito interessantes, que apesar do carnaval, pode ser uma boa dica para os que querem aproveitar a folga e não estão dispostos a cair na folia.

 
 Primeiro li “As Montanhas de Buda”  de Javier Moro. É o relato de duas monjas tibetanas que depois de serem presas e torturadas pelo governo chinês, vão buscar asilo na Índia, mas precisamente em Dharamsala, onde o Dalai Lama formou uma comunidade de refugiados tibetanos. O livro narra a visão dessas monjas sobre a invasão chinesa ao Tibete. Marcante na narrativa é o choque entre o posicionamente chinês da chamada revolução popular comunista e a espiritualidade tibetana. A história é real e o autor, sem nenhuma neutralidade, vai apresentando os fatos históricos paralelamente, posicionando o leitor na narrativa que é bastante empolgante e comovente.
Deixo aqui registrado que é uma boa forma de se conhecer, um pouco mais, sobre a História política do Tibete e de sua isolada luta contra a dominação chinesa, principalmente, sobre a luta de um povo para conservar suas tradições, que basicamente são budista e espiritualista. Uma bela sociedade, que aos nossos olhos ocidentais e capitalista torna-se exótica, mas que no fundo nada mais é que uma sociedade baseada nos ensinamnetos da paz e do budismo.

O segundo livro, “Enterro Celestial” da autora chinesa Xinran, veio completar o meu fascínio pelo povo tibetano. Nesta narrativa, que segundo a autora é uma história real, de uma mulher que conheceu quando ainda trabalhava como radialista em Nanquin, na China.

A protagonista da história é a chinesa Shu Wen, uma médica que decide ir ao Tibete, no auge do conflito com os chineses, em busca de seu marido desaparecido ou morto em combate. Por lá permaneceu por três décadas, sem, contudo, deixar sua busca de lado. Nessa épica trajetória, acaba se juntando a uma família de nômades tibetana, aprendendo a cultura e incorporando a espiritualidade budista, ao ponto de quase se tornar uma típica nômade.

Nesse livro o olhar de uma jovem chinesa, que desde a adolescência, conviveu com os ideais da revolução chinesa, vai se modificando com o contato com a grande espiritualidade tibetana. O livro é uma bela narrativa sobre uma saga de amor, em que a cultura tibetana é apresentada de maneira respeitosa. Durante a leitura vai se tornando clara a transformação espiritual de Shu Wen. Ao final, muitas perguntas ficam sem respostas, na verdade, isso pouco importa, o testemunho histórico do livro, a discrição sobre a religiosidade do povo tibetano e a transformação de uma jovem comunista, em uma  mulher, sábia e espiritualizada é que torna o livro excelente.
Deixo ao final uma bela imagem, marcante no livro "Enterro Celestial".
Anyemaqem - uma das Treze Montanhas Sagradas do Rio Amarelo - Tibete

domingo, 31 de julho de 2011

SEGUNDO SEMESTRE

Olá para todos
Estamos retomando as aulas e começando o segundo semestre do ano letivo de 2011.
Precisamos nos empenhar, não porque nos prometeram Notebooks ou notas nas avaliações bimestrais ou do governo, mas porque cada um de vocês merece o máximo, e principalmente, porque são capazes de serem os melhores, afinal, eu sou uma professora que só dou aulas para os melhores.

Então mãos nos livros e olho na Internet, temos muito que aprender e discutir.



Um excelente retorno às aulas. Fiquem com esse vídeo do You Tube, vale pelas palavras narradas por Pedro Bial.....



Abraços

quinta-feira, 9 de junho de 2011

DESCOBRIMENTO DA AMÉRICA

Olá turmas 1003 e 1004



Depois de assistirmos o filme “1492 – A Conquista do Paraíso” vamos analisar alguns aspectos históricos.

ATENÇÃO: Vocês devem pesquisar em livros didáticos e em sites da Internet, para responder as questões.



O FILME : 1492 - A Conquista do Paraíso

Dados técnicos

• Título Original: 1492: Conquest of Paradise, 1992)

• Direção: Ridley Scott

• Roteiro: Roselyne Bosch

• Gênero: Aventura/Biografia/Drama/Histórico

• Origem: Espanha/França/Reino Unido

• Duração: 154 minutos

• Tipo: Longa-metragem

Elenco

• Gérard Depardieu - Cristóvão Colombo

• Armand Assante  - Sanchez

• Sigourney Weaver - Rainha Isabella

• Loren Dean  - Fernando

• Ángela Molina  - Beatrix

• Fernando Rey - Marchena

• Michael Wincott  - Adrian de Moxica

• Tchéky Karyo  - Pinzon

• Kevin Dunn - Capitão Mendez

• Frank Langella  - Santangel

Resumo

Um épico grandioso que narra toda a trajetória do navegador genovês Cristovão Colombo e a descoberta da América em 1492. Desde os preparativos para a viagem, as intrigas palacianas, os percalços em alto-mar, a esperança de um homem marcado pelo mar, toda a emoção de pisar em terra firme e o primeiro contato com os habitantes naturais desta terra desconhecida, os índios. Uma terra selvagem que reserva muitas surpresas em seu coração.

FONTE DE PESQUISA: http://www.cineplayers.com/filme.php?id=2771



Agora vamos responder as questões abaixo sobre a “Descoberta da América”:

  1. O vídeo e o mapa abaixo apresentam os dados sobre os descobrimentos de portugueses e espanhóis no início da Idade Moderna. Observe a legenda do mapa e relembre o filme, depois responda:
  • Os portugueses tinham a teoria que se contornassem África chegariam às Índias. Colombo apresentou uma nova teoria para se chegar às Índias. Qual é essa teoria e com base em que Colombo a defendia?
  • Descubra por que os nativos da América foram chamados de "índios". Escreva sobre como descobriu.

Legenda:

Verde – Cristóvão Colombo
Amarelo – Pedro Álvares Cabral
Laranja – Vasco da Gama


    
          2. O vídeo abaixo mostra a chegada de Colombo nas terras da então América, podemos observar que este apresenta um inusitado encontro entre as duas culturas, a dos nativos índios americanos e a dos europeus católicos. Desenvolva um texto analisando este encontro e acrescente uma pesquisa sobre os personagens históricos - europeus conquistadores e nativos americanos.
  • Houve ganhos para ambos? Quais foram?   Quem realmente ganhou? Por quê?
  • O que os europeus queriam realmente nas Américas, que no caso, achavam que estavam nas Índias?
  • Como foi possível a conquista pelos europeus em número bem menor, sobre os nativos, em número muito maior? Quais elementos permitiu essa conquista?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

LAMPIÃO: HERÓI OU BANDIDO

Alô turmas 3002 e 3004.



Vamos avaliar um período da História do Brasil – “O Cangaço”.

Coloquei um texto do Livro de História 3º Ano Ensino Médio – Coleção “Ser Protagonista” e outro de Manuel Correa de Andrade. postei também um link do vídeo da reportagem do Jornal Record sobre o assunto. Depois de assistir e ler as informações, desenvolva um texto, com no mínimo 10 linhas, sobre:

• Lampião – Herói ou bandido?

TEXTO 1

" O Cangaço”
“ A origem da cangaço está nos bandos de “jagunços” que eram armados por coronéis para servir de instrumentos de poder das oligarquias.
   O cangaço formou-se quando alguns jagunços decidiram montar o seu próprio bando, com regras próprias, chefiadas por um líder a quem obedeciam e respeitavam. Viviam do saque e do roubo e aterrorizaram as cidades e o sertão.
   O cangaço começou no começo do século XIX e atingiu seu apogeu na década de 1920, com o bando de Lampião.
   Outros líderes famosos foram Antônio Silvino e Corisco, cuja a morte em 1940, marcou o fim do cangaço no Brasil.”
HISTÒRIA, 3º Ano: ensino médio/ organizadores Fausto Henrique Gomes Nogueira, Marcos Alexandre Capellari. – 1ª ed. – São Paulo:Edições SM, 2010. – ( Coleção ser protagonista)



REPORTAGEM: JORNAL DA RECORD: Na Trilha da Cangaço


ASSISTIR VÍDEO EM



TEXTO 2 
O Cangaço e o Banditismo Social?




Foto da década de 1930, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, o mais conhecido dos Cangaceiros. Em 1938, Lampião e seu bando foram mortos por um volante – tropas controladas pelo Governo para perseguir os cangaceiros – na Fazenda de Angico, interior de Sergipe. Para alguns intelectuais, o cangaço faz parte dos movimentos sócias característicos das décadas de 1920 e 30.
“ Ainda devem ser considerados como revoltas populares e camponesas os movimentos ligados ao messianismo e ao banditismo, uma vez que os camponeses espoliados da posse da terra e do produto de seu trabalho procuram outros caminhos.


Os cangaceiros, mais enérgicos, quando vítimas de injustiça, vingam-se de seus opressores e passam a viver como marginais, fora da lei, a roubar, a depredar e a matar.”
ANDRADE, Manoel Correa de. Lutas Camponesas no Nordeste. São Paulo: Ática, 1986. p.13.
BOAS PESQUISAS
BEIJOS
PROFª GILCLEIA

terça-feira, 24 de maio de 2011

REVOLUÇÃO FRANCESA

Olá turmas 2003 e 2004, vamos analisar a REVOLUÇÃO FRANCESA através de imagens e análises.


Aqui colocarei alguns tópicos sobre s Revolução Francesa acompanhados de algumas imagens.Para algumas dessas irei pedir uma análise, que vocês deverão responder com suas próprias palavras. Para outras, acrescentarei informações que ajudarão nos estudos e complementará o livro de textos.

A Situação Social antes da Revolução Francesa

A sociedade francesa do século XVIII era dividida em Três Estados:

O Primeiro – Clero

O Segundo – Nobres

O Terceiro – O resto: camponeses, trabalhadores urbanos, conhecidos como Sans Colottes, a baixa, a média e a alta burguesia.

Os Primeiro e Segundo Estados possuíam muitos privilégios e estavam livres de pagar a maioria dos impostos, representavam menos de 2% da população, e não aceitavam qualquer mudança para melhorar a situação econômica, que estava muito grave.

O Terceiro Estado era o único que trabalhava e arcava com quase todos os impostos. Nele estavam também os burgueses mais ricos, que possuíam um grande poder econômico, mas não tinham nenhum direito político e muito menos privilégios.

A imagem abaixo é uma gravura do século XVIII, muito utilizada pela burguesia para convencer à maioria da população, então analfabeta, da realidade social francesa.


 
Observe a imagem e reponda:
  • Identificar cada personagem descrevendo  o lugar que ocupavam na sociedade Francesa do século XVIII. Como chegou a essa conclusão?
  • A imagem expressa um conflito social, explique-o.
A QUEDA DA BASTILHA

Em 14 de Julho de 1789 a população de Paris tomou a Bastilha, que era uma fortaleza prisão que representava o poder Absolutista. Esse dia passou a ser o marco do início da Revolução Francesa e é comemorada com festas até hoje na França e no resto do mundo.


A Queda da Bastilha de Jean-Baptiste D’Allemand – séc.XIX.

  •  Escreva sobre a importância simbólica da Tomada da Bastilha.

A CONVOCAÇÃO DOS ESTADOS GERAIS

Na Assembléia do dia 05 de maio de 1789, o Rei sentava ao centro, usava seu grande casaco da ordem do Espírito Santo e seu chapéu de plumas carregado de diamantes.
O Clero e a Nobreza, também usavam roupas que expressavam suas posições sociais.
Os deputados do Terceiro Estado eram 578, enquanto o Primeiro Estado contava com 291 e o Segundo com 270. Esse número não preocuva, nem ao Rei, nem aos Primeiro e Segundo Estados, pois o voto, para esses, aconteceria por Estado. O Terceiro Estado mudou essa realidade, e o que deveria ser uma “revolta Aristocrática” se transformou em uma “Revolução social e política liderada pela burguesia”.

O Terceiro Estado dividiam-se, basicamente em dois grupos – os Girondinos e os Jacobinos, que também possuíam um lugar determinado dentro da Convenção. Esses grupos discordavam em vários pontos sobre os rumos da revolução.

Os Jacobinos eram os mais radicais e juntou milhares de membros de diferentes regiões da França. Sua base de apoio eram os Sans Culottes. Como se reuniam no convento de São Tiago (Jacobus em francês) receberam o nome de jacobinos. Sentavam-se à esquerda na Assembléia. Daí, mais tarde, a denominação de “esquerda” para partidos socialistas e radicais que reivindicam mudanças.

Os Girondinos eram os moderados, a maioria burgueses ricos da região da “Gironda”, queriam mudanças, no sentido de se aproximarem dos privilégios, mas não uma maior  participação popular. Na Assembléia sentavam-se à direita, o que também, mais tarde, levou a denominação de “direita” para os partidos com posturas conservadoras.


Assembléia dos Estados Gerais - 1789. 
Observe na pintura da abertura da Assembléia dos Estados Gerais: no centro encontramos o Primeiro e Segundo Estados, sentados em cadeiras especiais enquanto os deputados do Terceiro Estados se posicionam nas galerias laterais, à direita do Rei, os Girondinos e à esquerda os Jacobinos.


Com base em seus conhecimentos e pesquisas desenvolva as questões:

• Explique a afirmação: “... o que deveria ser uma revolta Aristocrática se transformou em uma Revolução social e política liderada pela burguesia”.

• Explique as diferenças entre os projetos políticos de girondinos e jacobinos.



domingo, 13 de março de 2011

" O PRÍNCIPE MALDITO" UM EXCELENTE LIVRO

O Príncipe Maldito



Capa do livro
     No início deste mês de março terminei a leitura de um grande livro – “O Príncipe Maldito” de Mary Del Priore.
     Será que alguém sabia que no Brasil, além da Princesa Isabel, havia um bonito príncipe? Com certeza poucos, pois os nossos manuais didáticos de História não possuem espaço para histórias tão particulares, para heróis ou anti-heróis desconhecidos ou pouco badalados.
     Na verdade, não é só isso, a pesquisa histórica no Brasil é muito pequena diante da nossa necessidade, ainda há poucos investimentos e apenas uma pequena elite tem acesso a conhecimentos mais profundos e detalhados de nossa História.
    Mas vai aqui uma dica, vale a pena ler Mary Del Priore, apesar de ser uma renomada historiadora, com um belo currículum, sua escrita é magistral, temos a impressão de estarmos lendo um romance, muito melhor do que esses best seler americanos que não conseguimos nos desgrudar.
    O livro “Príncipe Maldito” é poético, delicado no que diz respeito as personalidades históricas apresentadas, super bem escrito e muito fácil de ser compreendido.
    O livro narra a trajetória do neto de D. Pedro II, Pedro Augusto de Saxe e Coburgo, filho da princesa Leopoldina, irmão da Isabel, como esta levou anos para ter seus próprios filhos, os de sua irmã ficaram na mira do trono brasileiro. A Princesa Leopoldina morreu nova na Europa, deixando quatro filhos, D.Pedro II vai buscar os dois mais velhos para serem criados no Brasil e, prepara o mais velho para ser seu sucessor. O destino age, pois, depois de anos a Princesa Isabel dá luz ao herdeiro legitimo, ficando Pedro Augusto ainda mais longe do trono.
    A história dos últimos anos do Império Brasileiro é entrelaçada com a do príncipe Pedro Augusto e de sua família. Interessante como os fatos históricos já conhecidos, ganham outro olhar, avaliados por documentos novos, com análise psicológica e histórica inovadora e com uma narrativa vivaz e deliciosa.
   Reproduzo as palavras de Eduardo Bueno, jornalista e também pesquisador da nossa história –
“Já faz algum tempo que a história do Brasil vem sendo libertada dos grilhões que a aprisionaram aos bancos escolares. Mas o alcance deste O Príncipe Maldito parece ainda maior, pois o livro subverte, virtualmente destroça, a frase arrogante de Norman Mailer de acordo com a qual a história é escrita por maus romancistas’. Aqui está, de corpo inteiro e alma aberta, um ‘romance de não-ficção: a vida sem obras de Pedro Augusto de Saxe e Coburgo — o príncipe que sonhou ser D. Pedro III, mas virou sapo quando o império das circunstâncias cedeu lugar à república dos fatos.”...(Eduardo Bueno - Contra capa do livro)
Aviso aos alunos que este livro está disponível na Biblioteca do colégio. Aproveitem, vale a pena dar uma olhadinha.

Abraços da Profª Gilcleia

sexta-feira, 11 de março de 2011

IDADE MÉDIA E A CRISE DO SÉCULO XIV

             Para as turmas do 1º Ano do Ensino Médio, posto aqui  nossa aula sobre a Idade Média. Desta, o mais importante é a crise do Século XIV e suas consequências, pois iremos conhecer, já na primeira semana pós Carnaval (2011), o Renascimento Cultural.


 

 

 
ALTA IDADE MÉDIA

  • Introdução

 
A Idade Média só ocorreu na Europa, teve início com as invasões germânicas (bárbaras), sobre o Império Romano do Ocidente no século V, estendendo-se até o século XV, com a expansão comercial europeia.

 

Crise do Império Romana (http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=80)
 Caracteriza-se pela economia ruralizada, o enfraquecimento comercial, a supremacia da Igreja Católica, o sistema de produção feudal e a sociedade hierarquizada.

 
Página da Iluminura “As mais belas horas do Duque de Berry” 
         Iluminura são desenhos que ilustravam livros escritos ou copiados durante a Idade Média. Essa acima, representa bem a vida medieval, o trabalho da terra (ruralização) – o camponês arando, colhendo e semeando, três importante momentos na vida rural; o castelo ao fundo, num plano mais alto, morada do Senhor.

 
  • A divisão didática da Idade Média

 

 

 
  • A Sociedade medieval
Características:
  • Estamental, sem mobilidade
  • Dividida em três ordens:
1ª Clero (padres, bispos, papa)

 
2ª Nobres (reis, condes, duques, cavaleiros)

 
3ª Servos (camponeses, artesões e burgueses) 

 

 
FEUDALISMO


         "O Feudalismo pode ser visto enquanto um sistema de produção a partir do século IX, definido após um longo processo de formação, reunindo principalmente elementos de origem germânica e de origem romana. Essa estrutura foi marcante na Europa Ocidental e responsável pela consolidação de conceitos e valores que se perpetuaram. Muitos vêem nesse momento o desenvolvimento da "Europa Cristã"."



http://blogeebaeduc.blogspot.com/2009/03/feudalismo-mapa-conceitual_06.html

Desenho de um feudo

Economia

 
Baseava-se principalmente na agricultura.
Existiam moedas, porém eram pouco utilizadas.
As trocas de produtos e mercadorias eram comuns.
O feudo era a base econômica, quem tinha a terra possuía mais poder.
O artesanato era praticado com baixa produção, as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares.

BAIXA IDADE MÉDIA


        No século X, ocorreu o fim das invasões. Os últimos invasores já haviam se estabelecidos:
  • normandos no Norte da França (Normandia)
  • eslavos - no centro leste da Europa (atual Hungria).
        O continente vivia a "paz medieval", a qual ocasionou mudanças que provocaram transformações no panorama europeu. Houve uma melhoria na produção, que consequentemente levou à uma melhoria alimentar, possibilitando um aumento demográfico.
        Devemos considerar ainda as diversas inovações técnicas que surgem ou passam a ser utilizadas em maior escala a partir do século XI. Como exemplos temos o moinho de água, de animais ou de vento, a inovação tecnológica do eixo comum às duas rodas nos arados, agora de ferro, a utilização de animais, como o cavalo com ferradura, no lugar do boi e a alternância das culturas nos campos, como o rodízio da cultura paralela de trigo, feijão, centeio e aveia.
        A expansão agrícola e demográfica e a base do crescimento europeu do século XI marcam uma ruptura com o período anterior. O crescimento das cidades e as novas relações sociais alteram as estruturas medievais, diferenciando, assim a Alta e a Baixa Idade Média.

       A expansão agrícola alterou o regime do homem medieval, o que, por sua vez, favoreceu a queda dos índices de mortalidade e o aumento da natalidade, provocando a expansão demográfica observada nesse período. Os dois fenômenos devem ser compreendidos em conjunto.

Pieter Bruegel
BURGUESIA – NOVA CAMADA SOCIAL

            Em torno dos castelos começaram a estabelecer-se indivíduos que comerciavam produtos excedentes locais e originários de outras regiões da Europa. Retomaram o uso da moeda por necessidade econômica.
            Dedicados ao comércio, enriqueceram e dinamizaram a economia no final da Idade Média. Esta nova camada social necessitava de segurança e buscou construir habitações protegidas por muros. Surgia assim os burgos que, com o passar do tempo, deram origem a várias cidades (renascimento urbano) e seus moradores passaram a ser chamados de "burgueses".

Clássica pintura, representando os dois novos valores da burguesia: o comércio e o conhecimento.
CRISE DO SÉCULO XIV E SUAS CONSEQUÊNCIAS


         Em todo o século XIV e até meados do século XV, a Europa enfrentou uma série de circunstâncias que afetaram profundamente a vida de sua população. Mudanças climáticas trouxeram vários anos seguidos de muita chuva e frio, o que causou o extermínio de animais e plantações, levando a um longo período de fome; a peste negra, originária do Mar Negro e, transmitida por ratos, dizimou milhões de europeus já enfraquecidos pela fome. Além disso, a violência gerada pela Guerra dos Cem Anos fez eclodirem revoltas populares que ceifaram outras tantas vidas.
 

       Para finalizar, podemos concluir que a crise do século XIV foi um conjunto de fatores: períodos de muitas chuvas, intercalado aos de seca, juntamente com a  Guerra dos Cem Anos entre  Inglaterra e  França, o que acarretou a redução de alimentos, levando a fome e mortes. Com a expansão do comércio e o resusrgimento das cidades, muitas doenças, como a Peste Negra, acharam um ambiente propício, consequentemente a população da Europa diminuiu bastante, levando a falta de mão-de-obra, tanto nos campos como nas cidades. Diante desse quadro, muitos senhores, aumentaram os impostos  dos camponeses, com a intenção de aumentar seus rendimentos. Em muitos lugares, os camponeses se revoltaram contra a opressão e a fome, queriam se libertar das amarras feudais. O que nos leva a perceber uma grande mudança de mentalidade.
      Esses fatores acabaram desgastando o sistema feudal, mas não  levando ao seu fim, até o século XVIII ainda conseguiremos identificar características feudais em toda a Europa Ocidental.